Juíza que venceu o preconceito.
Mulher negra, pobre, nordestina, divorciada e com cabelo com tranças rastafari vermelho. Não foi fácil o caminho trilhado pela juíza Luislinda Valois dos Santos, 69 anos, nascida na Bahia – primeira magistrada negra do país. Mesmo tendo nascido em um Estado predominantemente de população negra, ela enfrentou muitos preconceitos e teve que começar a carreira jurídica no Paraná, onde não foi discriminada.
Aos 9 anos, na escola, Luislinda ouviu de um professor o que poderia ser a sua sentença de vida. 'Vá aprender a fazer feijoada na casa de uma branca que você vai ser mais feliz', disse o professor à estudante que não tinha o material escolar solicitado por ele.
A menina saiu correndo da sala de aula, mas depois, já recomposta, voltou e respondeu: 'professor, não vou aprender a fazer feijoada, não. Vou estudar para ser juíza e quando crescer vou te prender' – disse a aluna humilhada.
Foi assim que nasceu o sonho de ser magistrada. A promessa foi cumprida: ela conseguiu concluir o curso de Direito, seguiu estudando e se tornou juíza.
Luislinda retornou à escola, mas não prendeu o professor racista. A história de vida da magistrada negra foi contada por ela, durante o IV Congresso Estadual dos Servidores do Judiciário.
Aos leitores:
Se alguma vez já sofreu qualquer tipo de preconceito comente como foi e se consiguiu superá - lo.
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